Lá no sertão vive um povo cheio de força que espera a cada dia por uma única gota de água para molhar o chão árido em que vive. Levantam os olhos para o céu todos os dias e pedem a Deus que traga a vida de volta.
Mantendo sua esperança viva ao sair todas as manhãs para olhar sua plantação, que muitas vezes nem chega a nascer e quando consegue é morta pela seca.
Chuva! Chuva que não para, água que desce do céu levando tudo que encontra. Destruindo um povo que luta todos os dias por uma vida digna. Um povo que pede desesperadamente que tudo cesse.
Os dias passam e mais vidas são arrastadas neste mundo. Suas esperanças são tiradas, o sonho de uma vida melhor desaparece com o excesso de seca, com o excesso de água.
As conquistas de uma vida inteira ficam entregues a própria sorte, e pior suas vidas são jogadas como se não fossem nada.
São histórias que se cruzam, vidas que sofrem de formas diferentes, mas que sabem o que é a dor, o desespero de simplesmente não poder mudar. Que sabe a aflição de perder alguém que se ama.
Será castigo?
Não!
Somente a natureza pedindo socorro, depois de viver anos vendo suas matas, seus rios, seu céu, seus animais sendo destruídos por esta raça humana, ela agora chora com desespero para ser ouvida.
Grita por ajuda!
Será que alguém esta escutando?
Foto: Divulgação
Lilian Freitas

Nenhum comentário:
Postar um comentário